O Congresso Mundial de Mobilidade, que aconteceu em Barcelona nesta semana, mostrou que a tecnologia de conexão sem fio WiMAX continua sendo uma aposta das grandes fabricantes.
Muitas empresas exibiam dispositivos móveis para internet (MID, na sigla em inglês) com capacidade WiMAX, que permite banda larga sem fio e móvel para os aparelhos.
A Samsung, por exemplo, mostrava desde portáteis que já existem na Coreia, como um MID-origami que se desdobrava para apresentar um alentado teclado (veja fotos no blog www.folha.com.br/circuitointegrado), até produtos que devem ser lançados nos EUA e na Europa neste ano.
De acordo com o WiMAX Forum, em 2010, a tecnologia vai chegar a 800 milhões de pessoas. A Quantum mostrou, em Barcelona, um aparelho celular de baixíssimo custo com capacidade para usar redes WiMAX e GSM.
Isso mostra que a tecnologia pode ajudar a expandir o acesso à internet banda larga sem fio. Mas esse tipo de conexão sem fio também apareceu, no evento, em aplicações além do uso pessoal, como para transmitir vídeos em circuitos de câmeras de vigilância.
Quarta geração
Outra tecnologia com destaque no evento é a LTE (Long Term Evolution), considerada por muita gente a quarta geração de tecnologias de comunicação sem fio. Ela ainda não está disponível comercialmente.
Algumas empresas mostravam, em seus estandes, circuitos de TV de alta definição ao vivo, filmando o evento, usando a tecnologia.
Mas a Motorola foi mais longe, com um carro que circulava pelas ruas catalãs e podia ter a ação vista ao vivo, em alta definição, no evento, entre outras demonstrações da LTE.
Experimente ligar um aparelho de som em um volume bem alto e, em seguida, fazer uma ligação no celular. A chance é que você não escute nada, certo?
Errado, se o seu celular tiver um recurso chamado Crystal Talk --que reduz ruídos e interferências no áudio das conversas.
O Motorokr EM35, da Motorola (www.motorola.com.br), vem com o recurso potencializado, o Crystal Talk Plus.
Comparando a qualidade da ligação do aparelho com outro da empresa, mas sem o Plus, a diferença é nítida. Isso porque o EM35 tem dois microfones, que ajudam a eliminar o barulho do ambiente.
Voltado para música, o EM35 tem teclas dedicadas -tocar, pausar, adiantar e retroceder uma canção. Também permite ouvir rádio sem necessidade de fones e tem integração com o Last.fm --dá para ver quais são as músicas mais ouvidas por usuários do site, por exemplo.
O aparelho, que vem com o novo álbum do U2, "No Line on the Horizon", tem câmera de 3,1 Mpixels. O preço sugerido é de R$ 799.
Após conquistar espaço entre os videogames, filmes e desenhos, o 3D quer mudar a forma como vemos a rede. Um dos primeiros programas do gênero foi o Cosmo Player, criado em 1998. Um dos mais recentes e que oferece algumas ferramentas com que nenhum predecessor contava é o ExitReality.
A principal novidade do programa é que ele visualiza qualquer página da internet em um ambiente 3D. É só entrar em www.exitreality.com, baixar o plug-in gratuito e digitar um endereço de página.
O programa usa um sistema similar ao do Second Life, em que o usuário tem um avatar e pode andar por todo o site.
Ao entrar no MySpace, por exemplo, você tem o seu apartamento, que é uma versão da sua página inicial. Você pode adicionar móveis e objetos, colar sua foto e as de amigos na parede e arrastar vídeos e músicas de outros sites para o seu.
Em teoria, o programa pode realmente fazer com que toda a internet se torne 3D. Na prática, o ExitReality, em sua versão beta (de testes), possui várias limitações. A mais grave é que os links de uma página 3D abrem no tradicional formato 2D.
Assim, se você transformar a página inicial do Orkut em 3D, quando você fizer o login a sua página irá aparecer em outra janela em 2D. A mobilidade do avatar, feita pelo teclado ou mouse, é ruim --em alguns casos, demora-se muito tempo para executar uma ação simples como abrir um link.
Quando o programa foi testado pela Folha, não foi possível criar realmente um ambiente personalizado, como colar fotos preferidas na parede virtual do MySpace e arrastar itens de outros sites.
Outro aspecto que precisa ser melhorado é o da leitura de textos, que aparecem em um retângulo 3D no meio da tela. A fonte é pequena demais.
Apesar do problemas, a idéia é interessante. Confira por você mesmo, com Internet Explorer, Firefox e Chrome. O site não é compatível com Mac.
A fabricante de computadores Dell anunciou nesta sexta-feira (13) que investirá US$ 3 milhões em organizações de ensino em ciência e tecnologia para jovens no Brasil, Índia e México.
O fornecimento de dinheiro e equipamentos para organizações incluem a ONG brasileira Comitê para Democratização da Informática (CDI) e o Instituto de Pesquisas e Energia (Índia).
Dell fornecerá computadores, treinamento a professores e sistemas de energia solar
"Estamos super animados com esse investimento", disse a diretora da Dell, Lisa Huddleson. "Teremos empregados que irão aos locais, para estimar o necessário para as organizações ou escolas."
Os objetivos de investimento incluem treinamento para professores, laboratórios com computadores para estudante, e educação de crianças sobre as mudanças climáticas e reciclagem.
A Dell investirá também em equipamentos para geração de energia solar em escolas onde não há dependência de energia elétrica.
"Realmente acreditamos no oferecimento de tecnologia ambientalmente responsável", disse Huddleson. "Não apenas pelo custo tecnológico, mas porque é o melhor."
Se você já assistiu a um filme em Blu-ray, em uma TV adequada, deve ter percebido que a diferença de qualidade de imagem é gritante em relação ao DVD. Também, pudera: enquanto a resolução de um DVD não passa de 720x480 pixels, o Blu-ray chega a 1.920x1.080 (Full HD), que permite reprodução minuciosa de detalhes.
Depois de vencida a batalha contra o HD DVD, formato concorrente, era de esperar que os preços do Blu-ray baixassem. E eles estão diminuindo, ainda que lentamente.
Já é possível encontrar no Brasil filmes a cerca de R$ 60 e tocadores a R$ 1.000 --valor muito maior do que o de aparelhos de DVD, que podem custar menos de R$ 200, mas bem mais palatável: até meados de 2008, não se achava um tocador por menos de R$ 2.500.
Enquanto um DVD de camada única carrega 4,7 Gbytes de dados, um Blu-ray chega a 25 Gbytes -ou 50 Gbytes em discos de camada dupla-, suficientes para cerca de duas horas de vídeo em alta definição.
Há três códigos de região de Blu-ray: A, B e C. A região A abrange toda a América e alguns países asiáticos, como o Japão. Assim, discos comprados nos EUA, por exemplo, podem ser reproduzidos no Brasil -e muitos deles, como a coleção de "O Poderoso Chefão", de Francis Ford Coppola, já vêm com legendas em português.
