A Estação Hack, centro de inovação do Facebook, capacitou 26 mil pessoas nos últimos dois anos
O Facebook pretende dobrar a capacidade de formação do seu centro de inovação, a Estação Hack, no País: a rede social prevê capacitar cerca de 50 mil jovens brasileiros neste ano, com cursos em áreas como programação e desenvolvimento de aplicativos - nos últimos dois anos, o projeto capacitou 26 mil pessoas.
"Para aumentar a capacidade dp centro de inovação estamos apostando em cursos online e em cursos para capacitação de professores", disse Eduardo Lopes, diretor da Estação Hack, em evento na manhã desta terça-feira, 4, em São Paulo. Para os cursos online, a empresa conta com a parceria com a plataforma de treinamento Digital House.
Para seus cursos, a Estação Hack busca principalmente jovens de escolas públicas. "Os cursos são gratuitos e nossa prioridade é chegar em alunos que não têm condições de pagar por essa formação, que costuma ser cara", afirmou Lopes. Segundo a empresa, nos últimos anos, cerca de 80% dos alunos capacitados pela Estação Hack eram de escolas públicas. Além disso, aproximadamente 35% dos estudantes eram mulheres.
A Estação Hack foi inaugurada em 2018 na Avenida Paulista, em São Paulo. Para a expansão de seus cursos, o projeto também aposta em seu programa itinerante, o Estação Hack na Estrada, para oferecer cursos de programas para cidades além de São Paulo. Em 2020, o centro de inovação do Facebook pretende chegar a cidades como Campinas, Vitória, Brasília, Porto Alegre, São Luís e Natal. A empresa ainda não tem planos de inaugurar novos espaços físicos neste ano.
Inovação
Além dos cursos de capacitação, a Estação Hack também acelera startups, especificamente da área de impacto social - os programas têm parceria com a aceleradora Artemisia. Desde 2018, foram aceleradas 40 startups no centro de inovação (10 empresas a cada semestre) - o programa é aberto para negócios de qualquer região do Brasil. Ao todo, essas startups levantaram R$ 42 milhões em investimentos.
Agora em 2020, o objetivo é acelerar 15 startups por semestre. "Vamos focar principalmente no nosso programa de residência, e pretendemos trazer mais empresas de fora de São Paulo para a Estação Hack", disse Lopes. A empresa está buscando startups que já passaram por algum tipo de experiência de aceleração.
O programa de aceleração de startups e o de capacitação de jovens conversam entre si. "Alguns alunos acabam sendo contratados por startups", afirmou Lopes.
O crescimento foi menor do que o projetado pela indústria. A venda de aparelhos de TV cresceu 3% e vendidos 12,4 milhões de aparelhos.
A produção de eletroeletrônicos registou alta de 5% em 2019, repetindo a mesma performance verificada em 2018, indicam os dados da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Foram produzidas 104,8 milhões de unidades no ano passado.
Os números apontam para uma provável retomada do consumo em 2019, ainda que abaixo das expectativas do setor no início do ano. A Eletros, que representa as 33 maiores empresas do setor, previa evolução entre 5% e 10% no período. “Projetávamos uma evolução com uma margem de crescimento mais robusta, entretanto, os números indicam que atingimos o piso de nossa previsão, o que nos releva uma recuperação do consumo mais lenta do que seria a ideal”, afirma o presidente da entidade José Jorge do Nascimento.
Linha Branca
O setor de linha branca, que representa principalmente a produção de máquinas de lavar, refrigeradores e fogões, apresentou crescimento de 7,8% em 2019 em relação a 2018. No ano anterior o crescimento havia sido de apenas 1%. Os números absolutos indicam a produção de 15,8 milhões de unidades destes produtos em 2019, contra 14,6 milhões em 2018.
“Ao analisarmos isoladamente os dados de linha branca verificamos uma evolução importante. Este viés positivo, porém, deve ser interpretado com moderação, tendo em vista que este segmento sentiu os efeitos da crise dos últimos anos marcado por desempenhos que variaram entre estagnação e encolhimento da produção”, analisa Nascimento.
Linha Marrom
Na linha marrom, que concentra equipamentos de áudio e vídeo tendo os televisores como principal produto da categoria, os indicadores demonstram evolução de 3%. Foram produzidas 12,4 milhões de televisores em 2019 contra 12 milhões em 2018.
“Se considerarmos que em 2018 tivemos um ano de Copa do Mundo, período em que tradicionalmente as vendas de televisores disparam e crescem acima da média histórica, em 2019 registramos uma evolução moderadamente positiva”, explica o executivo.
Linha eletroportáteis
Com uma grande variedade de produtos, incluindo secadores de cabelo, sanduicheiras, ventiladores, entre outros, a linha de eletroportáteis apresentou crescimento de 17,8% em 2019. Foram produzidos 76,6 milhões de unidades de produtos em comparação aos 65 milhões produzidos em 2018, sendo que 25% destes produtos são ventiladores. No comparativo entre 2018 e 2017, a evolução foi de 14%.
Expectativas 2020
A Eletros repete para 2020 a mesma projeção de crescimento verificada no início de 2019, com crescimento que pode variar entre 5% e 10% na produção do setor. “No ano passado reconhecemos uma série de medidas positivas na condução da economia, além da aprovação da Reforma da Previdência. Para 2020, o setor espera maior consistência na melhora dos indicadores macroeconômicos, refletindo em uma retomada mais forte do consumo. Se este cenário se confirmar devemos assistir uma sensível melhora na oferta de empregos, impactando positivamente na melhora da renda da população”, conclui o presidente da Eletros.
Entre as pautas prioritárias na agenda do setor eletroeletrônico em 2020 figuram 2 temas principais: Reforma Tributária e a Abertura Comercial. (assessoria de imprensa)
Após saltar de 350 para 1,1 mil funcionários em 2019, startup de imóveis quer reduzir ritmo de contratações e focar em tecnologia para deixar trabalho menos braçal
Uma empresa que contrata tanta gente que precisa mudar de sede três vezes num espaço de três anos. Parece ficção, mas é o que aconteceu com a startup de imóveis QuintoAndar. Só em 2019, a companhia avaliada em mais de US$ 1 bilhão saltou de 350 funcionários para 1,1 mil pessoas. O crescimento levou o grupo comandado por Gabriel Braga e André Penha a se mudar, em dezembro de 2019, para um câmpus de três prédios na Vila Madalena, zona oeste da capital paulista - os espaços são administrados pela rede WeWork e ainda estão sendo finalizados para receber a startup.
"Espero que a gente fique bastante tempo aqui, é um escritório com a nossa cara", diz Penha, em entrevista exclusiva ao Estado. Ele mesmo se surpreende com o ritmo de contratação da empresa. "É assustador. É um desafio fazer com que tanta gente aprenda como a empresa funciona rapidamente", diz ele. "É difícil contratar, tem que ter uma margem de erro para nós e para a pessoa."
Na entrevista a seguir, Penha não fala só sobre o crescimento recente da startup, que chegou a 5 mil contratos de aluguel assinados por mês e R$ 28,9 bilhões em imóveis sob seu gerenciamento.
Também discorre sobre os planos para o futuro - segundo ele, 2020 é ano de buscar eficiência e explorar melhor as cidades em que a empresa já atua, além de expandir o negócio de intermediação da compra e venda de residências. A seguir, os principais trechos da entrevista.
O QuintoAndar saltou de 350 pessoas para 1,1 mil funcionários em um ano, quase quadruplicando a empresa. Para quem vê de fora, é assustador…
Contratar muita gente é assustador. Fazemos um baita esforço em trazer pessoas e permitir que elas aprendam como funciona a empresa rapidamente. É um desafio enorme que nós estamos passando. E a proporção de novas pessoas precisa diminuir: não dá para ter 4 mil funcionários daqui a um ano, senão fica difícil gerenciar. É difícil para danar contratar gente: você entrevista várias pessoas
para contratar uma, tem que ver se funciona. Há uma margem de erro para nós - e também para a pessoa. Por conta disso, precisamos investir mais em tecnologia em 2020, deixando processos mais eficientes. A ideia é que o trabalho seja menos braçal e mais inteligente.
Do ponto de vista do usuário, como isso será sentido?
A intenção é que as pessoas sintam o mínimo o possível. Automatização é boa mesmo quando é quase invisível. O que vai acabar acontecendo é que menos pessoas vão precisar entrar em contato conosco.
Quem precisar falar com a empresa, vai ser atendido em menos tempo.
O ano que acabou foi cheio de novidades para a empresa. Qual o balanço que o sr. faz sobre 2019?
Foi o nosso melhor ano na história. Fechamos com quase R$ 30 bilhões em imóveis gerenciados. Tem muito fundo de investimentos que não tem isso. Além disso, conseguimos gerar economias: se considerar o que nossos usuários não pagaram de seguro-fiança e o que os proprietários não pagaram de IPTU e condomínio com os imóveis vazios, dá R$ 940 milhões só no ano passado. É a consequência de uma economia mais eficiente. Fechamos mais de 5 mil contratos por mês no final do ano passado. Em janeiro, também já passamos essa marca. Costuma ser o nosso melhor mês.
A empresa acaba de se mudar para um campus de três torres na Vila Madalena, depois de trocar de sede três vezes entre 2016 e 2019. A pergunta é: até quando vocês vão caber aqui?
Quero que seja por alguns anos. Tem espaço sobrando, por enquanto. Uma das torres está reservada para o time de tecnologia e produto, que tem 350 pessoas. Dessas, 35 estão em Campinas. A capacidade total da torre é de 500 pessoas, então tem algumas cadeiras vagas. Além disso, é um escritório que nos dá orgulho, ele tem a nossa cara. É a nossa casa. Não tem nada supérfluo, não tem mesa de pingue-pongue, mas é agradável.
Do ponto de vista de tecnologia, quais serão as novidades para o negócio de aluguel de imóveis?
Estamos estudando novas funcionalidades e serviços adjacentes ao aluguel. Ainda estamos definindo, mas é possível que passemos a adiantar o aluguel para o proprietário de um ano inteiro, à vista - mediante uma taxa, claro. É como se fosse um recebível. Outra coisa que pretendemos fazer são pacotes de serviços para o inquilino. Será que conseguimos fazer o contrato de aluguel e também um serviço de internet? Estamos explorando parcerias. Não queremos empurrar nada para ninguém, mas queremos deixar a vida das pessoas mais fácil.
A ideia é reduzir o incômodo de se fazer uma mudança?
A gente quer que a mudança de casa seja algo sem sofrimento. É utópico, mas podemos reduzir o problema. Ainda há muita burocracia. Alugar é difícil, comprar também. Nossa meta é que as pessoas escolham onde querem morar. Que não deixem de se mudar para perto do trabalho ou para um lugar maior só porque dá trabalho. Que consigam morar onde querem, por um preço que podem pagar. Isso é o ideal.
Em 2019, o QuintoAndar anunciou o Originals, um programa que reforma os imóveis dos proprietários e também faz curadoria de residências em bom estado. Como está o projeto?
Ele é interessante porque melhora a qualidade dos apartamentos. O que descobrimos é que reformar poucos apartamentos é fácil. Reformar muitos apartamentos é difícil. Não estamos pisando no acelerador com o Originals, que segue funcionando só em São Paulo. Estamos fazendo testes, precisamos de mais estudos. Mas temos conseguido saber bem quais apartamentos merecem esse selo de qualidade, que alugam rápido, e podemos instruir os proprietários que queiram fazer suas reformas.
Outra novidade do ano passado foi a intermediação na compra e venda de imóveis. Quais são os planos para 2020?
É engraçado: quando começamos, percebemos que o aluguel era um problema maior que a compra de um imóvel. Ambos são burocráticos, mas uma pessoa aluga vários apartamentos na vida. Comprar, só um ou dois. Quisemos resolver um problema maior. No entanto, começaram a chegar muitos pedidos de venda para nós. Chegamos a ter 2 mil contatos por mês, feitos por proprietários que queriam que intermediássemos a venda de imóveis. É um volume significativo, enxergamos nele demanda reprimida. Estamos começando agora, já temos mil anúncios no ar, por enquanto em alguns bairros de São Paulo.
Tem sido interessante aprender, colher dados, gerar relatórios com a nossa equipe de ciência de dados. Isso é: de estatísticos. Data science (ciência de dados) é o nome chique de estatística.
O mercado de compra e venda de imóveis tem empresas tradicionais e também tem sido alvo de startups, como a Loft, que se tornou recentemente um unicórnio. Como o sr. vê a concorrência?
É um mercado gigante e dificilmente alguém vai dominar. Nós somos hoje o maior player de aluguéis da América Latina, mas estamos longe de dominar - pense em quanta gente aluga imóveis ainda do jeito analógico. O mercado de vendas tem menos transações, mas o volume dessas transações é muito maior. E a concorrência é supersaudável: vemos com bons olhos, gostamos de um mundo mais eficiente e digitalizado. Não é novidade que o setor imobiliário precisa ser digitalizado.
Em dois anos, o QuintoAndar saltou de Campinas e Grande São Paulo para 30 cidades. Haverá novos mercados em 2020?
Não planejamos expandir para novas áreas metropolitanas. Vamos ser mais intensos onde já estamos. Colocaremos mais time de operação e marketing e também vamos reforçar nossas parcerias com imobiliárias. Hoje, temos cerca de 30 parcerias com imobiliárias no Brasil. A gente compartilha a receita com eles, que atendem os proprietários no mundo offline. Nós pagamos o proprietário em dia e damos os mesmos benefícios ao inquilino, como não precisar de seguro fiança ou fiador. Hoje, já aprendemos a começar operação em novas cidades, mas não sabemos ainda como intensificar relações com parceiros. É um desafio diferente, até porque também pode ser aproveitado em qualquer lugar.
Lá fora, startups que receberam aportes do SoftBank enfrentaram problemas nas últimas semanas, com demissões e reestruturações. Como isso se refletiu aqui no QuintoAndar? Houve alguma pressão ou mudança?
Nós recebemos o aporte do SoftBank numa fase em que o mercado já estava mais cauteloso. É saudável. Nós começamos a startup em Campinas, sem dinheiro e sem salário - e isso ficou marcado em mim e no Gabriel. Nosso marketing é comportado, não saímos metralhando campanhas ou fazendo ultradescontos. Não alugamos dois apartamentos pelo preço de um, isso é jogar dinheiro fora. Em São Paulo, já operamos no azul. Em outras cidades, onde ainda estamos crescendo, não. Temos um carinho especial pela contabilidade e pelo fluxo de caixa. De forma geral, acredito que esse movimento de parar de distribuir dinheiro para dominar mercado é saudável. Não estamos queimando dinheiro que nem serviços de entrega de comida, que brigam para caramba e dão descontos para dominar rápido o mercado.
Até porque o negócio do QuintoAndar não está relacionado a compra por impulso ou por alta recorrência…
Sim. Talvez isso seja uma vantagem. Mas a questão é que é um momento de fazer contas. Não é só o caso do SoftBank. Eles foram mais afetados porque tinham uma metralhadora de investimentos que ninguém tinha, mas isso está acontecendo com todos os fundos. Eu tenho cabelo branco para lembrar da bolha da internet. Foi um susto enorme. Hoje, estamos longe disso: o susto veio antes de virar um dominó e isso é ótimo. E é algo cícloco: a economia é cíclica, o capital de risco também. Tem horas que é preciso esperar retorno acontecer. Sempre tivemos a escola de sermos frugais, nossos investidores cobraram essa disciplina desde sempre. É ruim para quem foi contratado e é demitido dois meses depois, mas é saudável para o mercado. É (a seleção natural de) Darwin.
Levantamento da consultoria de inovação Distrito mostra que setor saltou de 18 para 60 operações do tipo em um ano; negócios foram feitos tanto por grandes empresas como entre startups
O setor brasileiro de startups teve, ao longo de 2019, 60 operações de fusões e aquisições - um crescimento de 233% com relação ao ano anterior, com 18 negócios. Os números fazem parte de estudo da consultoria Distrito, divulgado com exclusividade ao Estado, e mostram a maturidade do ecossistema de inovação do País. O levantamento levou em consideração aquisições e fusões feitas tanto entre startups como por grandes corporações e novatas de tecnologia.
"Mais do que apenas ser um índice do bom momento do mercado, a alta nas fusões e aquisições indica que mais investimentos podem acontecer em startups nos próximos tempos", explica Gustavo Gierun, cofundador do Distrito. "Isso porque essas negociações propiciam "saídas" aos investidores, que podem utilizar o capital para fazer novas apostas. Além disso, gera exemplos de sucesso que motivam novos empreendedores"
Na visão do responsável pela pesquisa, o número de transações também ressalta o interesse das grandes empresas na busca por soluções inovadoras. "Se for fazer uma estimativa, imagino que 90% das companhias hoje está tentando descobrir como inovar", diz Gierun.
Entre as principais negociações realizadas no ano passado, há destaques evidentes. Entre eles, a fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, que resultou na startup de mobilidade Grow, a compra da startup mineira Zup pelo Itaú e até mesmo algumas operações de acqui-hiring, quando uma startup adquire outra interessada em seu time de tecnologia. Foi o que aconteceu, por exemplo, entre o unicórnio Gympass e a portuguesa Flaner, ou entre a catarinense Exact Sales e a goiana Resultys.
Quando considerada a divisão entre setores, destaca-se o setor de adtechs (startups de publicidade e propaganda digital), com 11 operações, seguido por tecnologia da informação, com 10 transações, e fintechs, com 6.
No Dia da Privacidade, Mark Zuckerberg anunciou o lançamento global de uma ferramenta que permite ao usuário excluir o histórico de dados captados pelo Facebook - inclusive em outros apps
O Facebook finalmente vai liberar globalmente sua ferramenta de limpeza de histórico. O anúncio foi feito no blog da empresa por Mark Zuckerberg, presidente executivo da rede social, nesta terça-feira, 28, em que se comemora o Dia da Privacidade. Anunciada pela empresa no começo de 2018, em meio ao escândalo da consultoria Cambridge Analytica, a funcionalidade já está disponível para todo
o mundo, e permite que os usuários escolham quais de seus dados pessoais o Facebook pode armazenar.
Para acessar o recurso, o usuário deve abrir o app do Facebook e procurar pela aba de "Configurações e Privacidade". Ela está disponível ao acessar a última aba do app, no canto direito superior, identificada por três riscos horizontais paralelos. Depois de clicar neste item, o usuário deve clicar em "Configurações". Um novo menu se abrirá. Nele, é preciso procurar por "Atividade Fora do
Facebook". Aí, o app mostra todos os aplicativos que recolhem dados pessoais dos usuários e os enviam para o Facebook. Se optar por limpar o histórico, os dados de navegação serão dissociados da conta do Facebook. É possível ainda personalizar a lista de apps e empresas que dão ao rede social acesso às informações.
A ferramenta mostra que o Facebook vigia as atividades dos usuários mesmo quando o aplicativo da rede social está fechado. A empresa consegue saber quando você acessa um aplicativo ou um site e usa essas informações para afinar o seu direcionamento de anúncios na plataforma. "Outras empresas nos enviam informações sobre sua atividade nos sites deles e usamos essas informações para mostrar anúncios relevantes para você", disse Zuckerberg no blog da empresa. "Agora você pode ver um resumo dessas informações e limpá-las da sua conta, se quiser".
A funcionalidade foi primeiro anunciada em maio de 2018, na F8, conferência de desenvolvedores realizada pelo Facebook todos os anos na Califórnia. Na época, a empresa estava sob ataques globais por não conseguir proteger a privacidade de seus usuários - no escândalo Cambridge Analytica, a consultoria política que atuou na campanha de Donald Trump utilizou indevidamente dados de 87 milhões de contas da rede social.
Na época, Zuckerberg prometeu que a ferramenta seria lançada "nos próximos meses". Ela só começou a ser testada um ano mais tarde, na Irlanda, Coreia do Sul e Espanha. A explicação para a demora, segundo Zuckerberg, foi que o Facebook teve que "reconstruir alguns dos sistemas" envolvidos na ferramenta. A ferramenta foi considerada, durante muito tempo, como uma das principais mudanças que a rede precisava fazer em prol da privacidade dos usuários.
Além disso, o Facebook informou que outras medidas em relação a privacidade serão acionadas ao longo das próximas semanas. Uma delas é um lembrete de verificação de segurança que a rede social vai emitir, gerando um alerta para que o usuário revise suas configurações de perfil e aplicativos conectados com a conta do Facebook. Uma outra atualização diz respeito ao login em outros aplicativos via Facebook. A intenção é aumentar as verificações para melhorar a segurança de quem acessa múltiplas contas.