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Principais insights e tendências de marketing digital para 2022

A pandemia elevou os investimentos em marketing digital e mudou o comportamento dos consumidores

Chegamos ao final de 2021, novamente um ano atípico e marcado por uma crise sanitária mundial que se iniciou em 2020, impactando o mercado e o dia a dia das pessoas em diversos sentidos. O digital, que já se consolidava há alguns anos, ganhou ainda mais força e acelerou sua expansão por conta do confinamento, e a tendência é que continue a crescer nos próximos períodos.

A pandemia elevou os investimentos em marketing digital e mudou o comportamento dos consumidores, como podemos perceber com os dados apontados neste artigo, que utiliza como fontes as análises de SMO Survey, eMarketer e WSI. Embora a maior parte das informações apuradas diga respeito aos Estados Unidos e à América do Norte, elas funcionam como guia para as mudanças que já vemos ou veremos em pouco tempo no Brasil, pois americanos costumam ser pioneiros no segmento.

De acordo com projeções do The CMO Survey, haverá um crescimento médio de 14,7% nos investimentos de marketing digital para os próximos 12 meses, comparado com apenas 5% no Marketing offline. Para aplicar essa verba, as empresas focam em 4 recursos principais: otimização do site (77,4%), mídia paga e SEO (69%), data analytics e IA (65,7%), plataformas digitais e outras tecnologias (61,6%).

Um estudo da eMarketer, o Chief Marketing Officer Leadership Vision 2022, determinou que 83% dos CEOs pretendem aumentar investimentos no digital, o que confirma fortemente essa previsão. No entanto, cabe mencionar que apenas 46% pensam em aumentar investimento de marketing de modo geral, o que confirma um redirecionamento dos gastos em marketing offline para online. Outra tendência é ampliar as responsabilidades do profissional de marketing (antes conhecido como Chief Marketing Officer), que passa a ser Chief Connecting Officer, com maior interação com outras áreas da empresa e mais responsabilidades de gestão e coordenação das atividades digitais entre as áreas.

Está claro que os investimentos em marketing digital devem crescer para acompanhar as tendências de mercado. Porém, como direcionar essa verba em ações que gerem resultados efetivos? De acordo com nossas análises na WSI, o conteúdo continuará tendo um papel importantíssimo em 2022, mas determinados formatos terão maior popularidade. Os vídeos curtos, em novas plataformas como TikTok, tornaram-se mais atrativos em 2021 e tenderão a receber ainda mais atenção dos consumidores nos próximos 12 meses. Outro método que se consolida é o conteúdo ao vivo nas redes sociais, que se tornou popular em vários nichos de mercado, com plataformas como Twitter Spaces.

Você pode achar graça no novo nome “Meta” que o Facebook escolheu para sua empresa, mas isso é um prenúncio do que está por vir. O conceito de metaverso – essencialmente um universo digital – entrou em cena em 2021 e logo entrará no mundo dos negócios. Acreditamos que isso será verdade já em 2022.

Em paralelo com a ampliação desse universo digital, os avanços científicos em vacinas e tratamentos para COVID-19 nos levam a projeções otimistas sobre a volta de estratégias voltadas ao marketing de experiência. Depois de um longo período de confinamento, todos ansiamos por mais contato, e isso se estende ao momento de compra. Proporcionar momentos marcantes, em que o cliente em potencial possa captar qualidades de produtos e serviços com seus sentidos, é benéfico para qualquer marca. Embora a pandemia tenha acelerado o crescimento do marketing digital, esperamos que todos possam também ampliar suas possibilidades offline, tanto no mercado quanto na vida, em 2022.

Caio Cunha é Presidente da WSI Master Brasil, co-Fundador da WSI Consultoria e membro do Global WSI Internet Consultancy Advisory Board. Com mais de 25 anos de experiência na indústria de tecnologia, atingiu cargos executivos de alto nível, em grandes empresas multinacionais como PWC (com clientes IBM e Unisys), SAP e Hitachi Data Systems, no Brasil e no exterior.

(Fonte: Caio Cunha) - 17/01/2022
As tecnologias que invadirão nossas vidas em 2022

Lá vamos nós outra vez: a realidade virtual, agora apelidada de "metaverso", ganhará destaque. O mesmo acontecerá com a casa inteligente.

Todo ano dou uma olhada nas novidades para o consumidor de tecnologia a fim de guiá-lo em meio ao que você talvez espere comprar - e o que provavelmente será uma moda passageira.

Muitas das mesmas "tendências" aparecem repetidamente porque, em poucas palavras, a tecnologia leva um bom tempo para amadurecer antes de a maioria de nós realmente querer comprá-la. Isso também se aplica a este ano. Algumas tendências de 2022, que as empresas de tecnologia estão lançando, são coisas das quais você já deve ter ouvido falar.

Um dos principais exemplos é a realidade virtual, a tecnologia que envolve usar um par de óculos nada discretos e controles para jogar videogames em 3D.

Isso é o que se espera ser o foco das atenções novamente este ano, a ideia vendida pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e por outros fãs da tecnologia como "o metaverso".

Outra categoria que promete gerar grande interesse será a chamada casa inteligente, a tecnologia para controlar eletrodomésticos com comandos de voz por meio de alto-falantes ou selecionando um botão em um smartphone. A verdade é que o setor tem tentado levar esse tipo de tecnologia para dentro de nossas casas há mais de uma década. Em 2022, esses produtos talvez comecem finalmente a parecerem práticos o suficiente para serem adquiridos.

Outra tecnologia que surge mais uma vez nesta lista é a de equipamentos digitais para monitorar nosso condicionamento físico e nos ajudar a diagnosticar possíveis doenças. E as montadoras, que há muito falam a respeito de carros elétricos, estão começando a acelerar seus planos para cumprir a meta americana de acabar gradualmente com a produção de carros movidos a gasolina até 2030.

Aqui estão quatro tendências tecnológicas que invadirão nossas vidas em 2022.

1. Bem-vindos ao metaverso
Há mais de uma década, os especialistas em tecnologia vêm sonhando com uma era em que nossas vidas virtuais tenham um papel tão importante quanto nossas realidades físicas. Em teoria, passaríamos muito tempo interagindo com nossos amigos e colegas no espaço virtual e, como consequência disso, gastaríamos dinheiro por lá também, com roupas e objetos para nossos avatares digitais.

"Estamos em um mundo onde as pessoas, várias vezes por dia, produzem uma imagem refletindo a si mesmas", disse Matthew Ball, capitalista de risco que já escreveu bastante sobre o metaverso. "A próxima fase pega essa representação visual e a dimensiona. Então você entra em um ambiente e se expressa por meio de um avatar."

Parece coisa de filme de ficção científica. Mas durante o segundo ano da pandemia, um número considerável de fatores surgiu ao mesmo tempo para tornar o metaverso mais realista, disse Ball.

Por um lado, a tecnologia ficou melhor. No ano passado, o Facebook anunciou que passaria a se chamar Meta, depois de vender 10 milhões de seus fones de ouvido para realidade virtual, o Quest 2, o que foi considerado um marco.

Por outro, muitos de nós estavam dispostos a ostentar com nossos "eus digitais". Diversos investidores compraram tokens não fungíveis (NFTs), que são objetos digitais únicos adquiridos com criptomoedas. O rapper Eminem e outros investidores desembolsaram centenas de milhares de dólares para fazer parte de uma espécie de iate clube virtual.

E mais ainda está por vir neste ano. A Apple planeja lançar seu fone para realidade virtual, que parecerá um par de óculos de esqui e, para conquistar poder computacional, contará com um dispositivo de computação separado que será usado em outras partes do corpo. A Apple não quis se pronunciar sobre o lançamento.

O Google também desenvolve produtos de realidade virtual há anos. E a Microsoft oferece um dispositivo de realidade virtual para empresas e agências governamentais.

Entretanto, o metaverso poderia se revelar uma moda passageira, dependendo dos produtos lançados e de quem os compra. Carolina Milanesi, analista de tecnologia de consumo da empresa de consultoria Creative Strategies, disse temer que a tecnologia possa se tornar um reflexo dos poucos privilegiados capazes de bancar mimos para seus "eus digitais".

"O mundo dos barcos é dominado por homens brancos de meia-idade de classe alta", disse ela. "Vamos apenas transferir tudo isso para o metaverso?"

2. A casa inteligente
Nos últimos anos, eletrodomésticos inteligentes como termostatos conectados à internet, fechaduras automatizadas e aspiradores de pó robôs avançaram bastante. Os dispositivos tornaram-se acessíveis e funcionaram de forma confiável com assistentes digitais como a Alexa da Amazon, a assistente do Google e a Siri da Apple.

Mesmo assim, a tal casa inteligente permaneceu, em grande parte, caótica. Muitos eletrodomésticos inteligentes não funcionam bem em conjunto com outras tecnologias. Algumas fechaduras automatizadas, por exemplo, funcionam apenas com celulares da Apple, mas não com modelos Androids. Já outros termostatos eram controlados com comandos de voz para a assistente do Google, porém não operam com a Siri.

A falta de compatibilidade criou problemas de longo prazo. Uma fechadura compatível com celulares da Apple não é útil para o integrante da família ou futuro inquilino que prefere o sistema operacional Android. Também seria mais prático se nossos eletrodomésticos um dia pudessem, de fato, conversar uns com os outros; como uma máquina de lavar avisando a uma secadora que as roupas estão prontas para serem secas.

Este ano, os maiores rivais do setor de tecnologia - Apple, Samsung, Google e Amazon - estão se comportando bem entre si para tornar a casa inteligente mais prática. Eles planejam lançar e atualizar a tecnologia para uso doméstico de modo que ela siga o Matter, um novo padrão que permite a comunicação de dispositivos inteligentes em uma casa, independentemente da assistente virtual ou da marca do celular. Espera-se que mais de 100 produtos inteligentes de uso doméstico passem a seguir esse padrão.

"Estamos todos falando um idioma comum com base em tecnologias já comprovadas", disse Samantha Osborne, vice-presidente de marketing da SmartThings, a empresa de automação residencial da Samsung.

Por isso, posteriormente neste ano, quando você for comprar um produto como uma fechadura automatizada, procure pela etiqueta indicando que o dispositivo é compatível com o padrão Matter. No futuro, seu despertador inteligente talvez seja capaz de dizer às suas lâmpadas inteligentes para acenderem quando você acordar.

3. Saúde conectada
Dispositivos como o Apple Watch e o Fitbit, que nos ajudam a monitorar nossos movimentos e frequência cardíaca, são cada vez mais populares. Não à toa, as empresas de tecnologia estão testando atualmente dispositivos portáteis menores que reúnem dados mais profundos sobre nossa saúde.

A Oura, uma empresa de tecnologia de saúde, apresentou recentemente um novo modelo de seu anel, o Oura Ring, que conta com sensores capazes de monitorar indicadores como a temperatura corporal, para prever com precisão os ciclos menstruais. Nesta semana, na CES, uma feira de tecnologia em Las Vegas, outra startup de tecnologia para cuidados de saúde lançou um anel semelhante que reúne dados como a frequência cardíaca, temperatura e outros parâmetros para informar o usuário a respeito de possíveis doenças crônicas.

Os especialistas médicos há muito chamam a atenção para as possíveis consequências do uso da tecnologia para a saúde. Sem o contexto adequado, os dados coletados poderiam levar a diagnósticos equivocados e fazer as pessoas se tornarem hipocondríacas. Mas se os kits de teste rápido para covid-19, em grande parte esgotados, servirem de indicador, muitos de nós parecem prontos para serem proativos no monitoramento de nossa saúde.

4. Carros elétricos
No ano passado, o presidente Joe Biden anunciou uma meta ambiciosa: metade de todos os veículos vendidos nos Estados Unidos seriam elétricos, em vez de movidos a gasolina, até 2030. Como resultado disso, as principais montadoras estão promovendo seus carros elétricos, até mesmo na CES nesta semana. Na terça-feira, a Ford anunciou planos para aumentar a produção do modelo elétrico de sua picape F-150 Lightning. A General Motors planeja lançar uma versão movida a bateria da picape Chevrolet Silverado. Outras fabricantes, como a Mercedes-Benz, disseram ter planos para o lançamento de carros elétricos nos próximos anos.

Apesar de haver muitos exageros no marketing dos carros elétricos, aqueles de nós em busca de veículos movidos a bateria em 2022 provavelmente ainda acabarão com um Tesla, disse Carolina. Isso porque ainda não vimos o uso generalizado da energia solar e estações de carregamento para carros elétricos, sobretudo nas áreas mais rurais. A Tesla está em vantagem porque vem lançando estações de recarga há anos, afirmou.

"Do ponto de vista da infraestrutura, há muito que ainda precisa acontecer", disse ela. "Há muito burburinho, mas não sei o quanto dele é verdade."

(Fonte: Brian X. Chen Estadão) - 17/01/2022
Hering lança “Belezas Brasileiras”, coleção assinada por Aline Bispo

A marca de roupas, Hering, lançou a nova coleção em parceria com Aline Bispo, ilustradora de Torto Arado

A Hering começou o ano de 2022 com um lançamento que busca a exaltação das coisas que o Brasil possui de mais bonito. Na sexta-feira (7), a coleção cápsula “Belezas Brasileiras”, assinada pela artista Aline Bispo, foi apresentada ao mundo. A novidade conta com estampas significativas, inspiradas em elementos femininos e brasileiros, e ainda terá parte das vendas revertidas para o ID_BR, Instituto Identidades do Brasil, e suas iniciativas de inclusão racial.

“Belezas Brasileiras surge com o desejo de valorizar as belezas existentes nas histórias, nos corpos, no cotidiano, na fauna e flora do Brasil. Pensei em estampas que celebram nossa ancestralidade, as mãos que tocam a terra, a nossa terra, e seus frutos em diversidade”, explica Aline Bispo.

A coleção da Hering traz conexão entre histórias e formas, com a beleza de diferentes tipos de corpos. A ideia é que as pessoas entendam que nada é mais bonito que amar a sua própria história.

Dentre os produtos da colaboração, estão camisetas, bermudas, vestidos e kimonos com modelagens soltinhas, muita estampa e cores – características que são muito presentes no trabalho de Aline.

Já sobre a artista, Aline tem em seu currículo a ilustração da coluna de Djamila Ribeiro, na Folha de São Paulo, e é reconhecida por projetos como a ilustração da capa do best-seller, Torto-Arado, de Itamar Vieira Junior e agora assina sua primeira coleção com a Hering.

As peças estarão disponíveis no e-commerce da Hering e nas lojas físicas espalhadas pelo país. Confira abaixo um dos posts da nova colaboração:

(Fonte: Julia Zamarioli) - 10/01/2022
Como identificar se seus dispositivos eletrônicos estão te espionando

O software usado para espionar alguém por meio do telefone é uma ameaça crescente e comum em casos de violência doméstica

Maria diz que cresceu em uma família católica e "amorosa" na costa leste dos Estados Unidos, que fazia grandes jantares de domingo. Os pais dela tinham um bom casamento e ela queria esse tipo de respeito e proximidade em seu próprio relacionamento.

Quando ela conheceu o marido com vinte e poucos anos, foi amor à primeira vista.



O Google já removeu vários anúncios de aplicativos que incentivam os usuários em potencial a espionar o telefone de seus parceiros
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Mas o romance azedou rapidamente, transformando-se em uma história de 25 anos de abuso e controle.

Primeiro, foi o xingamento. Então, o controle total de suas finanças, seus movimentos e, eventualmente, sobre seus três filhos.

O marido se opôs à ideia de ela ter um emprego onde pudesse interagir com outras pessoas e a proibiu de usar o computador.

"Ele me chamava de gorda todos os dias e me expulsava de casa quando estava com raiva", lembra ela.

Eventualmente, o abuso financeiro aumentou. Primeiro, ele tomava o salário que ela recebia pelo trabalho como faxineira, depois, solicitou cartões de crédito em nome de Maria usando os documentos pessoais dela.

Seis anos atrás, Maria finalmente desabou quando o ouviu dizer que a queria morta. Com a ajuda da igreja que ela frequentava e da família, ela formulou lentamente um plano de fuga.

Depois de ter a sua casa hipotecada, ela finalmente foi morar com a irmã. Ela ganhou um laptop pela primeira vez e finalmente teve a liberdade de abrir uma conta no Facebook. E começou a namorar.

Mas logo o ex-marido passou a responder as mensagens para o homem com quem ela estava saindo. E também começou a aparecer onde quer que ela estivesse.

De repente, ela o localizaria dirigindo atrás dela em uma rodovia. Certa vez, ela estava com tanto medo de que ele a estivesse perseguindo e pudesse puxar uma arma, que chamou a polícia.

Embora ela não tenha prestado queixa, a perseguição acabou diminuindo e ela se afastou ainda mais. Mas ela descobriu que tinha sido vítima do chamado stalkerware.

Stalkerware é um software disponível comercialmente que é usado para espionar outra pessoa por meio de seu dispositivo - geralmente um telefone - sem seu consentimento.

Ele pode permitir que o usuário veja as mensagens de outra pessoa, localização, fotos, arquivos e até mesmo vasculhar conversas nas proximidades do telefone.


Algum tipo de tecnologia quase sempre está envolvida em violência doméstica, diz Eva Galperin
Foto: CAS / BBC News Brasil

Para ajudar a resolver o problema, Eva Galperin formou a Coalition Against Stalkerware em 2019.

Ela decidiu formar o grupo depois de olhar os relatos de várias supostas vítimas de estupro, que estavam com medo de que suas vidas continuassem sendo arruinadas pelos agressores por meio da tecnologia. Quando alguém tem acesso ao seu telefone, o potencial de exploração é enorme, explica ela. Por exemplo, uma vítima pode ser chantageada com ameaças de compartilhar fotos íntimas.

Galperin diz que nos casos de violência doméstica que ela encontra, "algum nível de abuso habilitado por tecnologia está quase universalmente presente", e que isso geralmente inclui stalkerware.

"Geralmente está relacionado aos casos mais violentos - porque é uma ferramenta poderosa de controle coercitivo", acrescenta ela.

Uma pesquisa indica que a proliferação de stalkerware é um problema crescente: um estudo do Norton Labs descobriu que o número de dispositivos indicando que eles tinham stalkerware instalado aumentou 63% entre setembro de 2020 e maio de 2021.

O relatório sugeriu que o aumento significativo pode ter sido causado pelo isolamento social, quando as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa.

"Os pertences pessoais estão mais acessíveis, provavelmente criando mais oportunidades para os abusadores instalarem aplicativos de stalker nos dispositivos de seus parceiros", constatou o relatório.

Nos últimos dois anos, Galperin conseguiu convencer um punhado de empresas de antivírus a identificar esse tipo de software como malicioso. Isso ocorreu após uma relutância inicial em marcar o stalkerware como um programa indesejado - ou malware - por causa de sua possível legitimidade de uso.

Em outubro, o Google removeu vários anúncios de aplicativos que incentivam os usuários em potencial a espionar o telefone de seus parceiros. Esses aplicativos costumam ser comercializados para pais que desejam monitorar os movimentos e as mensagens de seus filhos - mas, em vez disso, foram reaproveitados por abusadores para espionar seus cônjuges.



Autoridades dos EUA têm reprimido empresas que vendem softwares que permitem aos usuários espionar outros dispositivos
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Um desses aplicativos, o SpyFone, foi banido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos em setembro de 2021 por coletar e compartilhar dados sobre os movimentos e atividades das pessoas por meio de um hack oculto no dispositivo.

Apesar desses movimentos positivos, alguns aplicativos de stalkerware e conselhos sobre como usá-los ainda são facilmente acessíveis na internet.

De acordo com Galperin, o próximo problema que a FTC está investigando são as empresas que vendem e compram dados de localização de telefones de usuários sem o conhecimento deles. Ela chama essa tecnologia de "uma ferramenta extremamente poderosa" para investigadores particulares, que a usam para rastrear a localização das vítimas.

Com o stalkerware deliberadamente projetado para ser difícil de detectar, mesmo aqueles que são mais experientes em tecnologia ainda podem ser vítimas dele.

Uma dessas pessoas era Charlotte (nome fictício), de uma analista sênior de segurança cibernética.

Logo depois de ficar noiva, ela lentamente percebeu que coisas estranhas começaram a acontecer com seu telefone. A bateria descarregava rapidamente e ele reiniciava repentinamente - ambos sinais reveladores de um stalkerware potencialmente instalado no dispositivo dela.

Até que o parceiro dela deixou claro que ele sempre sabia onde ela estava, e foi quando ela finalmente conectou os pontos.

Para obter alguns conselhos sobre o que fazer, ela foi a um encontro de hackers. A reunião aconteceu em um local onde o noivo dela havia trabalhado e ela conhecia alguns dos rostos.

Ela ficou chocada ao descobrir que existe uma cultura de aceitação de que parceiros possam rastrear um ao outro.

O ambiente de "irmandade" entre homens da área de tecnologia que ela encontrou a estimulou a entrar na segurança cibernética, para reforçar a "representação a partir de diferentes perspectivas".


Algumas pessoas no mundo da tecnologia não veem nada de errado em rastrear seu parceiro
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Uma rápida pesquisa na Internet revela muitos serviços alegando que podem invadir o smartphone de alguém com apenas um número de telefone, geralmente por algumas centenas de dólares a serem pagos em criptomoeda.

No entanto, embora o software com esses recursos possa ser acessado por órgãos de investigação, os especialistas em segurança cibernética acreditam que esses sites são provavelmente golpes. Em vez disso, o uso do stalkerware depende, em grande parte, de uma "engenharia social", com a qual Charlotte diz que as pessoas podem aprender a ter cuidado e evitar.

O alvo pode receber uma mensagem de texto, que parece verídica, convidando-o a clicar em um link. Ou um aplicativo falso, disfarçado de legítimo, pode ser compartilhado com ele.

Charlotte diz "não tenha medo" caso você tente excluir um aplicativo suspeito e ele exibir uma série de avisos.

"Às vezes, eles usam táticas assustadoras para fazer com que os usuários não removam o software. Eles usam muitas técnicas de engenharia social."

Se tudo falhar, Charlotte recomenda fazer uma redefinição de fábrica do telefone, alterando todas as senhas de suas contas de redes sociais e usando autenticação de duas etapas o tempo todo.


Os especialistas dizem que não é preciso ter medo de excluir um aplicativo suspeito do seu telefone
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Então, qual seria a melhor forma de enfrentar o problema?

A maioria dos países já possui algum tipo de estatuto de escuta telefônica e leis anti-stalking em vigor.

Por exemplo, em 2020, a França apresentou um novo projeto de lei sobre violência doméstica que, entre outros pontos, reforçou as sanções à vigilância secreta: o rastreamento geográfico de alguém sem o seu consentimento agora é punível com um ano de prisão e multa de € 45 mil (R$ 290 mil ). Se isso for feito pelo parceiro, as multas serão potencialmente ainda maiores.

Caminhos a seguir
Mas, para Eva Galperin, esse não é um problema que possamos esperar que uma nova legislação resolva inteiramente.

Ela acha que tanto o Google quanto a Apple poderiam, por exemplo, agir tornando impossível a compra de qualquer um desses aplicativos em suas lojas.

Crucialmente, ela acrescenta, o foco deve ser em um melhor treinamento para que a polícia trate o problema de maneira mais rigorosa.

Um dos maiores problemas que ela diz ver, é que as vítimas procuram a aplicação da lei na intenção de que ela seja cumprida. Porém, as autoridades fazem vista grossa e "dizem que esse não é um problema" prioritário.

A proliferação do cyber-stalking também trouxe um novo tipo de serviço de apoio às vítimas de violência doméstica.

A Clinic To End Tech Abuse - Ceta - é uma dessas instalações, associada à Cornell University nos Estados Unidos. A Ceta trabalha diretamente com sobreviventes de abusos, ao mesmo tempo em que coleta pesquisas sobre o crescente uso indevido de tecnologia.

Rosanna Bellini, do Ceta, diz que normalmente eles não recomendam a remoção imediata do stalkerware do telefone da vítima - sem fazer um planejamento de segurança primeiro com um responsável pelo caso.

A experiência anterior revelou esta abordagem: se o acesso do agressor ao telefone da vítima for cortado repentinamente, isso pode levar a uma escalada de violência.

Para Maria, que está livre do casamento abusivo há seis anos, as coisas não estão perfeitas, mas melhorando.

"Tenho um bom relacionamento com alguém que realmente se preocupa comigo e me apoia, ajudando a construir minha história", diz ela.

Ainda há momentos em que ela fica ansiosa ao lidar com o telefone. Ela foi diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático (PTSD). Mas ela quer que outras vítimas saibam que a perseguição cibernética é enorme e que não estão sozinhas.

"Não tenha medo. Há ajuda lá fora. Fiz grandes avanços e, se posso fazer isso na minha idade, - aos 56 - qualquer um pode fazer."

Como funciona o seguro para acidentes pessoais da Uber

Para quem quer sentir segurança nas viagens pelo aplicativo, vale conhecer mais sobre o seguro para acidentes pessoais da Uber

Não são todos os motoristas e passageiros que sabem, mas a Uber oferece um seguro para acidentes pessoais. Dessa forma, ambos os tipos de usuários estão cobertos e protegidos, sendo passíveis de receber indenizações de valores distintos dependendo da gravidade do ocorrido e das necessidades médicas. Neste artigo você vai saber mais sobre como funciona o seguro para acidentes pessoais da Uber.



Aplicativo da Uber
Foto: Austin Distel/Unsplash / Tecnoblog

O seguro da Uber é realizado em parceria com a Chubb Seguros Brasil, S.A., uma empresa presente em muitas companhias pelo território nacional e em países da América Latina. A intenção é a de oferecer um serviço amplo que faça a cobertura de todas as pessoas dentro do veículo.

Não há a necessidade de se cadastrar para a cobertura deste serviço pela Uber. A partir do momento em que o motorista se torna um parceiro oficial da empresa, o usuário e seus passageiros passam a ter acesso ao seguro contra Acidentes Pessoais de Passageiros (APP).

Para acionar o seguro da Uber, qualquer pessoa das citadas acima podem entrar em contato com a empresa através dos canais de atendimento. O número de telefone é 0800-006-8057 / 0800-006-8068. Funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Além disso, é possível usar o próprio aplicativo para falar com a central de atendimento.

Seguro da Uber: O que cobre e quais são os valores?
É claro que um dos pontos mais importantes sobre a cobertura que oferece o seguro contra acidentes pessoais de passageiros são seus valores e o que realmente cobre. Não é qualquer ocorrido que permite ao passageiro ou motorista receber algum retorno financeiro, por exemplo. Segundo a Uber, esses são os pontos que são cobertos:

Morte acidental: R$ 100.000,00 (cem mil reais);
Invalidez permanente total ou parcial por Acidente: até R$ 100.000,00 (cem mil reais), dependendo do grau de perda ou redução funcional do membro afetado;
Despesas Médicas Hospitalares e Odontológicas: até R$ 15.000,00 (quinze mil reais) de reembolso.

Com tudo isso em mente, é bastante válido estar ciente tanto como motorista quanto passageiro de suas responsabilidades ao usar o aplicativo. O seguro da Uber é automático, não há necessidade de seus usuários assinarem algo para estarem cobertos. Não se esqueça disso!

O que você achou dessa opção? Já sabia que há esse tipo de cobertura?

Com informações: Uber.

(Fonte: Ricardo Syozi - Tecnoblog) - 27/12/2021
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Sobre o Portal no Brás

O Portal no Brás foi lançado em 01 de dezembro de 2016, tendo como objetivo principal a divulgação de empresas e produtos comercializados na região NO BAIRRO DO BRÁS no centro da cidade de São Paulo, focando-se principalmente em produtos voltados para a área de ferramentas e ferragens.